Tuesday, January 04, 2005

Caio e peço 6, porque eu também, mas meio menos

*Subindo nas tamancas:

A festa, sim, me lembro dela muito ligeiramente, meio não lembrar: o suficiente. Mas pensa, se ela tivesse sido, hoje certamente não seria mais, porque eu mudei e não tenho mais cabeça para essas delicadezas. Ou tenho? Não, não tenho, e infelizmente não posso desenvolver: não tenho e pronto.

A dificuldade dos pares emaranhados é essencialmente nula desde Dalibard (A. Aspect, J. Dalibard, and G. Roger, Phys. Rev. Lett. 49, 1804 (1982)). Eu disse, a fase é de descomplicar, eu também tenho do que ter medo, e a física é tão limpinha que é por onde eu vou. Manja.

A moça com olhos de cigana oblíqua tem sobrenome Lispector e está na capa do novo caderno de literatura brasileira (número duplo). E eu que não tive estômago para terminar um livro dela que seja. Viu?, eu mudei e nem lembro do encontro marcado. Será que eu desmudo um dia, remarco?

Isto é uma gravação. Lamento informar, mas você foi transferido para o departamento daqueles que tiveram "medo, muito medo". Que perderam, me fizeram perder (acessoriamente se gabaram disso) (porque eu sei), e que realizaram tarde. Na opinião dessa humilde voz metálica, não entorne mais o caldo, senhor. O mundo já está tão virado sem confições!

*Descendo das tamancas:

Diz que você escreveu com ssedilha de propósito, ficou tão bonito! Lembra confecção, uma colcha de retalhos, uma expressão preferida em inglês: to patch things up, recosturar os retalhos de uma relação; lembra confiture, fica doce, mas sem passar muito do ponto.

Proposição recusada: X e Y (e Z junto, acho) pensam cada um no seu canto terem errado, mas acho que não. Prova: o equilíbrio global da mistura é estável, a liga é forte, a matéria é a mesma. Nunca é destino: é construção.

Sorrio sempre, sempre: a gente não tem escapatória.

Um beijo perto do coração.

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