Friday, May 20, 2005
"Your act was unwise", I exclaimed, "as you see by the outcome." He solemnly eyed me. "When choosing the course of my action", said he, "I had not the outcome to guide me." - Ambrose Bierce
Thursday, May 19, 2005
Wednesday, May 18, 2005
Dojo
de acordo com os simbolozinhos, quer dizer "pathway to a place".
Eh isso ai. Na estrada, sempre.
Eh isso ai. Na estrada, sempre.
Friday, May 13, 2005
random noise
Can somebody tell me if there is a connection between the spectral decomposition theory (of an operator, sei lá) and the Fourier transform? I have a book in which the chapter "Spectral theory" comes just after "Fourier Analysis". I think there is a link, but can't formulate une question bien posée. And rubbish questions usually deserve rubbish answers.
Resposta ao professor (desde setembro): o processo é coerente, nao ha émission spontanée no meio, a energia é transferida de maneira coerente. Se eu quiser eu posso levar o átomo de volta ao estado inicial (antes do Raman process-truc-stuff). Por isso nao pode just jogar una energia cualquiera e esperar o atomo decair.
Sinto saudades da minha mae. Como assim, como é que eu posso gostar tanto dela se ela nao sabe o que esta acontecendo comigo, porque eu perdi o costume de dizer? (Meio para evitar o controle, meio porque eu ando diferente) E por que eu ando perdendo o costume de dizer tanta coisa...?
Resposta ao professor (desde setembro): o processo é coerente, nao ha émission spontanée no meio, a energia é transferida de maneira coerente. Se eu quiser eu posso levar o átomo de volta ao estado inicial (antes do Raman process-truc-stuff). Por isso nao pode just jogar una energia cualquiera e esperar o atomo decair.
Sinto saudades da minha mae. Como assim, como é que eu posso gostar tanto dela se ela nao sabe o que esta acontecendo comigo, porque eu perdi o costume de dizer? (Meio para evitar o controle, meio porque eu ando diferente) E por que eu ando perdendo o costume de dizer tanta coisa...?
Tuesday, May 10, 2005
sem titulo, sem object, sem porcaria nenhuma
tah mal diagramado no meu copipaiste, mas - da correio Caros Amigos.
A ética relativista de feras do mercado
por Maiana Diniz
Eliane Cantanhêde, da Folha de S. Paulo, e Helena Chagas do jornal O Globo, apresentam para estudantes o que é permitido ou não no exercício do jornalismo.Jornalismo é uma profissão que tem como base a confiança – entre jornalistas e fontes, editores e repórteres, escritores e leitores. A prática fundamenta-se na ética e é preciso estabelecer o que é válido ou não na busca e na divulgação de informações. Na noite de quarta-feira, 13 de abril, o Instituto de Ensino Superior de Brasília promoveu para os alunos dos cursos de jornalismo uma mesa redonda-com o tema “Ética na Reportagem”. O debate contou com a presença dos jornalistas Carlos Chagas, Eliane Cantanhêde, Helena Chagas e Luiz Martins, que expuseram suas experiências e percepções – nem sempre comuns – acerca do tema.
Depois de o educador Carlos Chagas afirmar que não concorda com a existência de uma ética utilitarista – acredita em ética como algo universal, de todos os cidadãos e não de cada profissão –, Eliane Cantanhêde, colunista do jornal Folha de S. Paulo, começou o discurso com a declaração de que, para ela, a ética é relativa. Pelo fato de terem a função de descobrir e divulgar informações de interesse público, os jornalistas podem passar por cima de regras sociais, e até da lei, para conseguir o que querem. “É antiético usar do artifício de uma mentira para conseguir uma informação ou é errado roubar um documento para levar uma informação para uma empresa? Para mim, não.” Eliane afirmou que “o que vale é deixar que o público saiba o que é de seu interesse”. Não disse qual é o limite do jornalista. Se o argumento é a busca de um bem maior, será que vale tudo? Roubar documento público pode, ouvir atrás da porta e mentir também pode. Será que roubar um celular no qual você sabe que tem o telefone daquela fonte que seria fundamental na sua próxima grande reportagem pode? Será que pode botar fogo no Congresso para ver se os bombeiros chegam rápido? A colunista não explicou. Quando um estudante questionou qual era esse limite, Eliane afirmou que a estudante estava levando sua fala “ao pé da letra”. Que tudo dependia do contexto, apesar de não ter falado em contexto: afirmou que o que interessava era o “povo” receber a notícia. E completou: “Se você acha que isso é antiético, uma boa idéia é que você seja publicitária”. Além de ser uma ofensa aos publicitários – como se estes não pudessem trabalhar pelo interesse público e com informações importantes e verdadeiras – a afirmação de Eliane leva a crer que não existe outra opção para quem quer trabalhar na imprensa brasileira. Para ter sucesso, é preciso mentir, roubar e sabe-se lá mais o que, “pois a informação não cai do céu”. ",1]
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Depois de o educador Carlos Chagas afirmar que não concorda com a existência de uma ética utilitarista – acredita em ética como algo universal, de todos os cidadãos e não de cada profissão –, Eliane Cantanhêde, colunista do jornal Folha de S. Paulo, começou o discurso com a declaração de que, para ela, a ética é relativa. Pelo fato de terem a função de descobrir e divulgar informações de interesse público, os jornalistas podem passar por cima de regras sociais, e até da lei, para conseguir o que querem. “É antiético usar do artifício de uma mentira para conseguir uma informação ou é errado roubar um documento para levar uma informação para uma empresa? Para mim, não.” Eliane afirmou que “o que vale é deixar que o público saiba o que é de seu interesse”. Não disse qual é o limite do jornalista. Se o argumento é a busca de um bem maior, será que vale tudo? Roubar documento público pode, ouvir atrás da porta e mentir também pode. Será que roubar um celular no qual você sabe que tem o telefone daquela fonte que seria fundamental na sua próxima grande reportagem pode? Será que pode botar fogo no Congresso para ver se os bombeiros chegam rápido? A colunista não explicou. Quando um estudante questionou qual era esse limite, Eliane afirmou que a estudante estava levando sua fala “ao pé da letra”. Que tudo dependia do contexto, apesar de não ter falado em contexto: afirmou que o que interessava era o “povo” receber a notícia. E completou: “Se você acha que isso é antiético, uma boa idéia é que você seja publicitária”. Além de ser uma ofensa aos publicitários – como se estes não pudessem trabalhar pelo interesse público e com informações importantes e verdadeiras – a afirmação de Eliane leva a crer que não existe outra opção para quem quer trabalhar na imprensa brasileira. Para ter sucesso, é preciso mentir, roubar e sabe-se lá mais o que, “pois a informação não cai do céu”.
Como se não existissem outras maneiras de conseguir dados, de descobrir verdades. Essa, sim, é a função dos jornalistas. “Se virar” para conseguir a notícia. Mas o “se virar” não precisa incluir nada que vá contra princípios éticos e morais. Por mais incrível que pareça, diante da resposta da jornalista, as palmas foram instantâneas. Estudantes e professores apoiaram a opinião da jornalista. Luiz Martins da Silva, professor do Departamento de Jornalismo da Universidade de Brasília, contestou a idéia de Eliana Cantanhêde de que, “se o fim for válido” – obter informações –, vale mentir e roubar. O comentário de Luiz Martins foi: “Será que vale?” Segundo o professor, depende muito do contexto histórico e singular das situações para fazer o julgamento se faz sentido ou não, se é ou não legítimo agir de forma antiética em prol de um bem maior. Roubar ou não roubar, mentir ou não mentir, é uma escolha moral de cada profissional. Ninguém deve ser forçado a agir contra o que acredita ser certo. Não é correto que a pressão do mercado, que supervaloriza furos e notícias exclusivas, guie o comportamento dos jornalistas. Sabe-se que por trás de comportamentos antiéticos nem sempre está a vontade de mostrar a verdade aos leitores. Geralmente estão associados ao interesse comercial – jornais ganham legitimidade ao apresentar notícias novas – e à vaidade do profissional que escreve. Não é novidade que jornalistas ganhem prestígio ao conseguir informações que mais ninguém tem. E como conseguiram, pelo visto, não interessa. Eliane declarou: “Jornalismo também é empresa, também é negócio. Meu patrão também é empresário”. Ao que parece, a grande busca é dinheiro e sucesso, interesse público é só o caminho. Luiz deu uma boa contribuição para a discussão quando contestou a afirmação das jornalistas de que essas práticas eram explicadas pela busca do bem público. Há muita coisa que é de interesse público e não é publicado. “Por que o governo precisa gastar milhões com prevenção de doenças, por exemplo?” ",1]
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Como se não existissem outras maneiras de conseguir dados, de descobrir verdades. Essa, sim, é a função dos jornalistas. “Se virar” para conseguir a notícia. Mas o “se virar” não precisa incluir nada que vá contra princípios éticos e morais. Por mais incrível que pareça, diante da resposta da jornalista, as palmas foram instantâneas. Estudantes e professores apoiaram a opinião da jornalista. Luiz Martins da Silva, professor do Departamento de Jornalismo da Universidade de Brasília, contestou a idéia de Eliana Cantanhêde de que, “se o fim for válido” – obter informações –, vale mentir e roubar. O comentário de Luiz Martins foi: “Será que vale?” Segundo o professor, depende muito do contexto histórico e singular das situações para fazer o julgamento se faz sentido ou não, se é ou não legítimo agir de forma antiética em prol de um bem maior. Roubar ou não roubar, mentir ou não mentir, é uma escolha moral de cada profissional. Ninguém deve ser forçado a agir contra o que acredita ser certo. Não é correto que a pressão do mercado, que supervaloriza furos e notícias exclusivas, guie o comportamento dos jornalistas. Sabe-se que por trás de comportamentos antiéticos nem sempre está a vontade de mostrar a verdade aos leitores. Geralmente estão associados ao interesse comercial – jornais ganham legitimidade ao apresentar notícias novas – e à vaidade do profissional que escreve. Não é novidade que jornalistas ganhem prestígio ao conseguir informações que mais ninguém tem. E como conseguiram, pelo visto, não interessa. Eliane declarou: “Jornalismo também é empresa, também é negócio. Meu patrão também é empresário”. Ao que parece, a grande busca é dinheiro e sucesso, interesse público é só o caminho. Luiz deu uma boa contribuição para a discussão quando contestou a afirmação das jornalistas de que essas práticas eram explicadas pela busca do bem público. Há muita coisa que é de interesse público e não é publicado. “Por que o governo precisa gastar milhões com prevenção de doenças, por exemplo?”
A diretora da sucursal de Brasília do jornal O Globo, Helena Chagas, apoiou e defendeu a colega da Folha. “Eu também roubo documentos!”, afirmou. Disse que faz o que for preciso para obter informações que julga serem valorosas. “Se der bobeira, eu pego mesmo”, afirmou a jornalista. E mais. Acredita que a melhor maneira de proteger o jornalista é que essas situações sejam discutidas com os editores, na redação. É preciso ter o respaldo dos chefes. Praticamente, uma máfia! Um estudante usou o discurso de Carlos Chagas para questionar a posição das jornalistas. Carlos disse, que para saber se algum comportamento é ético, basta pensar no que aconteceria se todos resolvessem agir daquela maneira. “O que aconteceria se todos os jornalistas assumissem o discurso de vocês, do roubo e da mentira? O que seria da prática?” Não houve resposta. Mas a pergunta existe. O que aconteceria? Coisa boa não seria... É na faculdade que se deve aprender que, antes de ser profissionais de sucesso, é essencial buscar agir de forma justa e responsável. Que ninguém precisa aceitar passivamente os absurdos do mercado. Que ninguém é obrigado a se vender. Que é possível fazer notícias verdadeiras, de qualidade e que vendam. Que, com união, é possível construir uma imprensa mais isenta. Que a ética é fundamental. É até engraçado que, em uma palestra dentro do ambiente acadêmico, a ética não seja tratada com a devida importância. Uma vergonha! Maiana Diniz é estudante de jornalismo. ",]
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A diretora da sucursal de Brasília do jornal O Globo, Helena Chagas, apoiou e defendeu a colega da Folha. “Eu também roubo documentos!”, afirmou. Disse que faz o que for preciso para obter informações que julga serem valorosas. “Se der bobeira, eu pego mesmo”, afirmou a jornalista. E mais. Acredita que a melhor maneira de proteger o jornalista é que essas situações sejam discutidas com os editores, na redação. É preciso ter o respaldo dos chefes. Praticamente, uma máfia! Um estudante usou o discurso de Carlos Chagas para questionar a posição das jornalistas. Carlos disse, que para saber se algum comportamento é ético, basta pensar no que aconteceria se todos resolvessem agir daquela maneira. “O que aconteceria se todos os jornalistas assumissem o discurso de vocês, do roubo e da mentira? O que seria da prática?” Não houve resposta. Mas a pergunta existe. O que aconteceria? Coisa boa não seria... É na faculdade que se deve aprender que, antes de ser profissionais de sucesso, é essencial buscar agir de forma justa e responsável. Que ninguém precisa aceitar passivamente os absurdos do mercado. Que ninguém é obrigado a se vender. Que é possível fazer notícias verdadeiras, de qualidade e que vendam. Que, com união, é possível construir uma imprensa mais isenta. Que a ética é fundamental. É até engraçado que, em uma palestra dentro do ambiente acadêmico, a ética não seja tratada com a devida importância. Uma vergonha! Maiana Diniz é estudante de jornalismo.
A ética relativista de feras do mercado
por Maiana Diniz
Eliane Cantanhêde, da Folha de S. Paulo, e Helena Chagas do jornal O Globo, apresentam para estudantes o que é permitido ou não no exercício do jornalismo.Jornalismo é uma profissão que tem como base a confiança – entre jornalistas e fontes, editores e repórteres, escritores e leitores. A prática fundamenta-se na ética e é preciso estabelecer o que é válido ou não na busca e na divulgação de informações. Na noite de quarta-feira, 13 de abril, o Instituto de Ensino Superior de Brasília promoveu para os alunos dos cursos de jornalismo uma mesa redonda-com o tema “Ética na Reportagem”. O debate contou com a presença dos jornalistas Carlos Chagas, Eliane Cantanhêde, Helena Chagas e Luiz Martins, que expuseram suas experiências e percepções – nem sempre comuns – acerca do tema.
Depois de o educador Carlos Chagas afirmar que não concorda com a existência de uma ética utilitarista – acredita em ética como algo universal, de todos os cidadãos e não de cada profissão –, Eliane Cantanhêde, colunista do jornal Folha de S. Paulo, começou o discurso com a declaração de que, para ela, a ética é relativa. Pelo fato de terem a função de descobrir e divulgar informações de interesse público, os jornalistas podem passar por cima de regras sociais, e até da lei, para conseguir o que querem. “É antiético usar do artifício de uma mentira para conseguir uma informação ou é errado roubar um documento para levar uma informação para uma empresa? Para mim, não.” Eliane afirmou que “o que vale é deixar que o público saiba o que é de seu interesse”. Não disse qual é o limite do jornalista. Se o argumento é a busca de um bem maior, será que vale tudo? Roubar documento público pode, ouvir atrás da porta e mentir também pode. Será que roubar um celular no qual você sabe que tem o telefone daquela fonte que seria fundamental na sua próxima grande reportagem pode? Será que pode botar fogo no Congresso para ver se os bombeiros chegam rápido? A colunista não explicou. Quando um estudante questionou qual era esse limite, Eliane afirmou que a estudante estava levando sua fala “ao pé da letra”. Que tudo dependia do contexto, apesar de não ter falado em contexto: afirmou que o que interessava era o “povo” receber a notícia. E completou: “Se você acha que isso é antiético, uma boa idéia é que você seja publicitária”. Além de ser uma ofensa aos publicitários – como se estes não pudessem trabalhar pelo interesse público e com informações importantes e verdadeiras – a afirmação de Eliane leva a crer que não existe outra opção para quem quer trabalhar na imprensa brasileira. Para ter sucesso, é preciso mentir, roubar e sabe-se lá mais o que, “pois a informação não cai do céu”. ",1]
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Depois de o educador Carlos Chagas afirmar que não concorda com a existência de uma ética utilitarista – acredita em ética como algo universal, de todos os cidadãos e não de cada profissão –, Eliane Cantanhêde, colunista do jornal Folha de S. Paulo, começou o discurso com a declaração de que, para ela, a ética é relativa. Pelo fato de terem a função de descobrir e divulgar informações de interesse público, os jornalistas podem passar por cima de regras sociais, e até da lei, para conseguir o que querem. “É antiético usar do artifício de uma mentira para conseguir uma informação ou é errado roubar um documento para levar uma informação para uma empresa? Para mim, não.” Eliane afirmou que “o que vale é deixar que o público saiba o que é de seu interesse”. Não disse qual é o limite do jornalista. Se o argumento é a busca de um bem maior, será que vale tudo? Roubar documento público pode, ouvir atrás da porta e mentir também pode. Será que roubar um celular no qual você sabe que tem o telefone daquela fonte que seria fundamental na sua próxima grande reportagem pode? Será que pode botar fogo no Congresso para ver se os bombeiros chegam rápido? A colunista não explicou. Quando um estudante questionou qual era esse limite, Eliane afirmou que a estudante estava levando sua fala “ao pé da letra”. Que tudo dependia do contexto, apesar de não ter falado em contexto: afirmou que o que interessava era o “povo” receber a notícia. E completou: “Se você acha que isso é antiético, uma boa idéia é que você seja publicitária”. Além de ser uma ofensa aos publicitários – como se estes não pudessem trabalhar pelo interesse público e com informações importantes e verdadeiras – a afirmação de Eliane leva a crer que não existe outra opção para quem quer trabalhar na imprensa brasileira. Para ter sucesso, é preciso mentir, roubar e sabe-se lá mais o que, “pois a informação não cai do céu”.
Como se não existissem outras maneiras de conseguir dados, de descobrir verdades. Essa, sim, é a função dos jornalistas. “Se virar” para conseguir a notícia. Mas o “se virar” não precisa incluir nada que vá contra princípios éticos e morais. Por mais incrível que pareça, diante da resposta da jornalista, as palmas foram instantâneas. Estudantes e professores apoiaram a opinião da jornalista. Luiz Martins da Silva, professor do Departamento de Jornalismo da Universidade de Brasília, contestou a idéia de Eliana Cantanhêde de que, “se o fim for válido” – obter informações –, vale mentir e roubar. O comentário de Luiz Martins foi: “Será que vale?” Segundo o professor, depende muito do contexto histórico e singular das situações para fazer o julgamento se faz sentido ou não, se é ou não legítimo agir de forma antiética em prol de um bem maior. Roubar ou não roubar, mentir ou não mentir, é uma escolha moral de cada profissional. Ninguém deve ser forçado a agir contra o que acredita ser certo. Não é correto que a pressão do mercado, que supervaloriza furos e notícias exclusivas, guie o comportamento dos jornalistas. Sabe-se que por trás de comportamentos antiéticos nem sempre está a vontade de mostrar a verdade aos leitores. Geralmente estão associados ao interesse comercial – jornais ganham legitimidade ao apresentar notícias novas – e à vaidade do profissional que escreve. Não é novidade que jornalistas ganhem prestígio ao conseguir informações que mais ninguém tem. E como conseguiram, pelo visto, não interessa. Eliane declarou: “Jornalismo também é empresa, também é negócio. Meu patrão também é empresário”. Ao que parece, a grande busca é dinheiro e sucesso, interesse público é só o caminho. Luiz deu uma boa contribuição para a discussão quando contestou a afirmação das jornalistas de que essas práticas eram explicadas pela busca do bem público. Há muita coisa que é de interesse público e não é publicado. “Por que o governo precisa gastar milhões com prevenção de doenças, por exemplo?” ",1]
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Como se não existissem outras maneiras de conseguir dados, de descobrir verdades. Essa, sim, é a função dos jornalistas. “Se virar” para conseguir a notícia. Mas o “se virar” não precisa incluir nada que vá contra princípios éticos e morais. Por mais incrível que pareça, diante da resposta da jornalista, as palmas foram instantâneas. Estudantes e professores apoiaram a opinião da jornalista. Luiz Martins da Silva, professor do Departamento de Jornalismo da Universidade de Brasília, contestou a idéia de Eliana Cantanhêde de que, “se o fim for válido” – obter informações –, vale mentir e roubar. O comentário de Luiz Martins foi: “Será que vale?” Segundo o professor, depende muito do contexto histórico e singular das situações para fazer o julgamento se faz sentido ou não, se é ou não legítimo agir de forma antiética em prol de um bem maior. Roubar ou não roubar, mentir ou não mentir, é uma escolha moral de cada profissional. Ninguém deve ser forçado a agir contra o que acredita ser certo. Não é correto que a pressão do mercado, que supervaloriza furos e notícias exclusivas, guie o comportamento dos jornalistas. Sabe-se que por trás de comportamentos antiéticos nem sempre está a vontade de mostrar a verdade aos leitores. Geralmente estão associados ao interesse comercial – jornais ganham legitimidade ao apresentar notícias novas – e à vaidade do profissional que escreve. Não é novidade que jornalistas ganhem prestígio ao conseguir informações que mais ninguém tem. E como conseguiram, pelo visto, não interessa. Eliane declarou: “Jornalismo também é empresa, também é negócio. Meu patrão também é empresário”. Ao que parece, a grande busca é dinheiro e sucesso, interesse público é só o caminho. Luiz deu uma boa contribuição para a discussão quando contestou a afirmação das jornalistas de que essas práticas eram explicadas pela busca do bem público. Há muita coisa que é de interesse público e não é publicado. “Por que o governo precisa gastar milhões com prevenção de doenças, por exemplo?”
A diretora da sucursal de Brasília do jornal O Globo, Helena Chagas, apoiou e defendeu a colega da Folha. “Eu também roubo documentos!”, afirmou. Disse que faz o que for preciso para obter informações que julga serem valorosas. “Se der bobeira, eu pego mesmo”, afirmou a jornalista. E mais. Acredita que a melhor maneira de proteger o jornalista é que essas situações sejam discutidas com os editores, na redação. É preciso ter o respaldo dos chefes. Praticamente, uma máfia! Um estudante usou o discurso de Carlos Chagas para questionar a posição das jornalistas. Carlos disse, que para saber se algum comportamento é ético, basta pensar no que aconteceria se todos resolvessem agir daquela maneira. “O que aconteceria se todos os jornalistas assumissem o discurso de vocês, do roubo e da mentira? O que seria da prática?” Não houve resposta. Mas a pergunta existe. O que aconteceria? Coisa boa não seria... É na faculdade que se deve aprender que, antes de ser profissionais de sucesso, é essencial buscar agir de forma justa e responsável. Que ninguém precisa aceitar passivamente os absurdos do mercado. Que ninguém é obrigado a se vender. Que é possível fazer notícias verdadeiras, de qualidade e que vendam. Que, com união, é possível construir uma imprensa mais isenta. Que a ética é fundamental. É até engraçado que, em uma palestra dentro do ambiente acadêmico, a ética não seja tratada com a devida importância. Uma vergonha! Maiana Diniz é estudante de jornalismo. ",]
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A diretora da sucursal de Brasília do jornal O Globo, Helena Chagas, apoiou e defendeu a colega da Folha. “Eu também roubo documentos!”, afirmou. Disse que faz o que for preciso para obter informações que julga serem valorosas. “Se der bobeira, eu pego mesmo”, afirmou a jornalista. E mais. Acredita que a melhor maneira de proteger o jornalista é que essas situações sejam discutidas com os editores, na redação. É preciso ter o respaldo dos chefes. Praticamente, uma máfia! Um estudante usou o discurso de Carlos Chagas para questionar a posição das jornalistas. Carlos disse, que para saber se algum comportamento é ético, basta pensar no que aconteceria se todos resolvessem agir daquela maneira. “O que aconteceria se todos os jornalistas assumissem o discurso de vocês, do roubo e da mentira? O que seria da prática?” Não houve resposta. Mas a pergunta existe. O que aconteceria? Coisa boa não seria... É na faculdade que se deve aprender que, antes de ser profissionais de sucesso, é essencial buscar agir de forma justa e responsável. Que ninguém precisa aceitar passivamente os absurdos do mercado. Que ninguém é obrigado a se vender. Que é possível fazer notícias verdadeiras, de qualidade e que vendam. Que, com união, é possível construir uma imprensa mais isenta. Que a ética é fundamental. É até engraçado que, em uma palestra dentro do ambiente acadêmico, a ética não seja tratada com a devida importância. Uma vergonha! Maiana Diniz é estudante de jornalismo.
Sunday, May 08, 2005
Vendetta
Vou Deitar e Rolar
Elis Regina
Composição: Baden Powell e Paulo César Pinheiro
Não venha querer me consolar
Que agora não dá mais pé
Nem nunca mais vai dar
Também quem mandou se levantar
Quem levantou pra sair
Perde o lugar
E agora, cadê teu novo amor
Cadê que ele nunca funcionou
Cadê que nada resolveu
REFRAO:
Quaquaraquaquá, quem riu
Quaquaraquaquá, fui eu
Quaquaraquaquá, quem riu
Quaquaraquaquá, fui eu
ainda sou mais eu
Saturday, May 07, 2005
Pensamento do dia
"Fear leads to anger
anger leads to pain
and pain leads to...
suffffering..."
(by Yoda)
(Pê says que eu imito bem)
anger leads to pain
and pain leads to...
suffffering..."
(by Yoda)
(Pê says que eu imito bem)
Feynman rulez II
Avulsas
Question: somebody to tell me what the equivalent of (laser cooling in Atom Physics) in Solid State Physics would be?
Vejo isso ha tempos, e precisou o Gabor me avisar: "The Fourier transform is an entirely non-causal method of description."
Particulas passando por uma slit fininha como método de termalizacao, ou randomizacao da velocidade.
Why can't we in principle consider the magnetic field as generated by some kind of massless paired-particles (ie, particles glued and inseparable like quarks, which would explain the existance of north/south poles always together)(or almost always, keep reading), defined more or less as "created when we have electric charges in moooooovement")?
You know it's time you drop(p)ed a course when you're the only one in the classe who does seem deeply troubled when the lecturer says the words "non-abelian magnetic monopoles".
Why does one laser beam diverge, intrinsically? I think it should have to do somehow with the loss of coherence, but the post-doc I work with thinks it's bullshit. But wasn't able to give me a satisfactory answer either.
Why does the Action S in QED bekommt some kind of imaginary part when we consider pure magnetic interactions (genre, spins), and what does this imaginary part represent? (That it gets some kind of imaginary part, my imaginary friend Richard told me in one of his books)
Some "on how to use information sheet" on quarternions. And the meaning of the two extra axis (when you're fairly convinced that i can be useful, and when you're just getting used to imaginary times and stuff, some guy just introduces two more axis, and you're lost again).
Question: somebody to tell me what the equivalent of (laser cooling in Atom Physics) in Solid State Physics would be?
Vejo isso ha tempos, e precisou o Gabor me avisar: "The Fourier transform is an entirely non-causal method of description."
Particulas passando por uma slit fininha como método de termalizacao, ou randomizacao da velocidade.
Why can't we in principle consider the magnetic field as generated by some kind of massless paired-particles (ie, particles glued and inseparable like quarks, which would explain the existance of north/south poles always together)(or almost always, keep reading), defined more or less as "created when we have electric charges in moooooovement")?
You know it's time you drop(p)ed a course when you're the only one in the classe who does seem deeply troubled when the lecturer says the words "non-abelian magnetic monopoles".
Why does one laser beam diverge, intrinsically? I think it should have to do somehow with the loss of coherence, but the post-doc I work with thinks it's bullshit. But wasn't able to give me a satisfactory answer either.
Why does the Action S in QED bekommt some kind of imaginary part when we consider pure magnetic interactions (genre, spins), and what does this imaginary part represent? (That it gets some kind of imaginary part, my imaginary friend Richard told me in one of his books)
Some "on how to use information sheet" on quarternions. And the meaning of the two extra axis (when you're fairly convinced that i can be useful, and when you're just getting used to imaginary times and stuff, some guy just introduces two more axis, and you're lost again).
Wednesday, May 04, 2005
Explicito (que eu tou de saco lleno dessa vida tonta)
O Rique para as palavras, o choro e o papo no café
O NicoPô pra comer salada, vida saudável e corrida
O Jon para ficar apeixonadinha e para encontrar de manhã
O Eduardo para olhar no olho, as estórias, a bengalinha
O Fernando para o Scrabble, para brincar de trabalhar com
O Peter para os causos das línguas e cousas off-scale
O Vincent para ir no museu, fim de semana e fazer família
E eu sozinha pra mandar todo mundo pra cucuia.
O NicoPô pra comer salada, vida saudável e corrida
O Jon para ficar apeixonadinha e para encontrar de manhã
O Eduardo para olhar no olho, as estórias, a bengalinha
O Fernando para o Scrabble, para brincar de trabalhar com
O Peter para os causos das línguas e cousas off-scale
O Vincent para ir no museu, fim de semana e fazer família
E eu sozinha pra mandar todo mundo pra cucuia.