Friday, February 25, 2005

incommunicado

(in-kuh-myoo-ni-KA-do) adjective, adverb

Out of contact, either voluntarily or deprived of the right to
communicate with anyone; in solitary confinement.

Thursday, February 24, 2005

Qual é o cúmulo do mau gosto?

Visto hoje numa loja de jogos: Monopoly "American Army".

Só falta a prisão ser Abu Ghirab.

primeira resposta mild e sensata

> Dear Prof.XXXX,
>
> I am a graduate student at the Cavendish who escape labwork twice a week to
> attend your lectures on Information Theory.
>
> I have a question that, I believe, only you would be able to give a hint of
> the answer.
>
> I was wondering whether the Noiseless Channel Theorem (stating max
> compression = entropy) could somehow be linked to the Sampling Theorem (to
> compress a signal without loss of info, the sampling frequency must be at
> least twice the bandwidth). The two are about reliable compression...
>
> Every prof I talked to, in CMS and in Brazil (I'm from an engineering
> school in Brazil), answered me simply: "NO, the two theories stand
> independently". Somehow, I was not quite happy with their peremptory
> answer.
>
> If you answer me "NO, the two theories stand independently", I promise I'll
> give up bothering people with this "stupid question". Otherwise, could you
> recommend me some book addressing this question?
>
> Thank you for your attention. Sincerely,

They do sound related, I agree.

I recommend reading Shannon's original papers; they are quite lucid.

I think that the way to understand this issue may be this:
a source x(t) has two numbers associated with it:
its entropy, and its number of degrees of freedom.
Bandwidth relates to number of degrees of freedom.
Entropy relates to signal to noise as well as d.o.f.

There is a book by D.M.MacKay called Information Mechanism and Meaning (1950 or
so)
that refers to these as "selective information content" and "metrical
information
content", a terminology that has not caught on.

Hope this helps.

XXX


(XXX é o meu prof-herói daqui de Cambridge)

Wednesday, February 23, 2005

agá barra

Descobri: o meu interlocutor imaginário sabe por que a constante de Planck é h?

Porque Planck não sabia (e não soube até Einstein) prá que ela servia - só sabia que ajudava: helfen em alemão.

Three Sisters

Todas do Economist:

1) Chama "On the streets, again"
Tens of thousands of pupils and teachers, in Paris and other parts of France, took part in demonstrations against a proposed educational reform which parliament is debating. Critics said the proposal to increase the use of continuous assessment rather than examination would sharpen inequality and leave many students with useless qualifications.

Peraê: acho que a minha maquininha lógica nem está funcionando direito: "sharpen inequality"? Qual é a causa dessa claim? Ou: desde quando responsabilizar aluno (ou preferir que ele estude regularmente) causa "inequality", ou deixa alguém com "useless qualifications"? Sem contar que esses francesinhos estavam bem precisandinhos de umas lições de como trabalhar em grupo (esse é o medo do continuous assessment!).
Entendi: porque afinal, a gente quer saber quem é bom, não quem aprendeu ou se interessou. Ah, então tá.

PS pessoal: a mais bonita lição de matemática aplicada à física de minha vida eu aprendi fazendo um Devoir-maison, ou lista de exercício, com um francês. Sobre transformada de Fourier, e Heisenberg. Sem estresse.

2) Faz me rir: no meio de um treco sobre o protocolo de Kioto:
The EU said it would take action againt Britain if it did not stick to an agreed quota of carbon-dioxide emission." O roto falando do esfarrapado!
(Se eu tivesse mais paciência, ia perguntar pro Google o estado americano mais industrializado e mostrar que talvez ele fosse maior que essa ilha flotante em que estamos todos nus.)

3) Nóia:
Prter Gross, the new director of CIA, told the Senate it was only a matter of time before groups such of the al-Quaeda tried to use weapons of mass destruction.

Que será que eles vão fazer? Poxa, no caso do Iraque era óbivio: tinha Q tanto em al-Quaeda como em IraQue (referência à uma charge que vi, desculpa). Mas e agora, qual será o laço entre al-Quaeda e Irã, tão curtinho, ou Syria, ou...

Tuesday, February 22, 2005

Ponto!

Unicamp tem recorde de alunos de escolas públicas na 1ª chamada

da Folha Online

A Unicamp (Universidade de Campinas), no interior de São Paulo, convocou um número recorde de estudantes vindos de escolas da rede pública na primeira chamada do vestibular 2005: 962 candidatos. O número representa 32,8% dos 2.934 convocados e é o maior da história do processo seletivo. No ano passado, 24,2% dos convocados em primeira chamada haviam cursado o ensino médio em escolas públicas.

O número de candidatos que se declararam pretos, pardos e indígenas convocados em primeira chamada também é recorde: 443, ou seja, 15,1% do total de convocados --contra 10,5% no ano passado.

Segundo a Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), o aumento é reflexo direto do PAAIS (Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social), aprovado pelo Conselho Universitário da Unicamp no ano passado e que passou a valer a partir do vestibular 2005.

*******

Aposto tudo em que acredito que, quando forem ver, ano que vem ou depois, a média na faculdade dos alunos que entraram "pelo PAAIS" vai ser maior ou igual à dos alunos vindos do berço de ouro. Quem quer entrar?

Monday, February 21, 2005

da Folha de hoje

Guerra sem fim

KLESTER CAVALCANTI
ESPECIAL PARA FOLHA

O agricultor Sebastião de Souza, a mulher, Maria de Jesus, e os sete filhos do casal atravessavam uma trilha fechada no meio da floresta amazônica, debaixo de chuva e com lama até os joelhos. O filho mais novo do casal, Clésio, 3, estava sentado nos ombros do pai. O destino da família Souza era a delegacia de São Domingos do Araguaia, no sudeste do Pará. Sebastião queria denunciar à polícia o assassinato de João Barbosa, um amigo da família, morto na noite anterior. No caminho, cinco homens, armados de revólveres e espingardas, saltaram do meio da selva. Os filhos maiores do casal fugiram para o matagal. Sebastião recebeu um tiro de espingarda calibre 12 nas costas. Maria de Jesus atirou-se no chão lamacento.
O menino começou a chorar. Um dos criminosos pegou Clésio pelo braço esquerdo, suspendendo-o como se de um saco se tratasse. O garoto chorava, esperneava, clamava pela mãe. Maria de Jesus quis emergir da lama, mas estava paralisada de pânico. O bandido jogou Clésio sobre o corpo de Sebastião. Os assassinos alvejaram pai e filho. O legista do IML contou treze balas no corpo de Sebastião e oito no de Clésio. Os irmãos Joaquim e Hermínio Branco, fazendeiros da região, foram apontados pelo inquérito policial como mandantes do crime. Nunca foram para a cadeia. Sequer foram julgados. Os assassinatos de Sebastião de Souza, então com 48 anos, e seu filho Clésio ocorreram há mais de 17 anos, mas são o retrato atual da guerra agrária que aflige o Brasil.
A morte da missionária americana Dorothy Mae Stang, uma mulher de sorriso permanente, rosto enrugado e olhar firme, trouxe o assunto à tona. Esse crime merece todos os lamentos e deve, sim, ser investigado para que os culpados sejam punidos. Mas a religiosa foi apenas mais uma pessoa a morrer em conflitos agrários, num país que dá de ombros para os infelizes que vivem em seus rincões. Todos os anos, cerca de cem brasileiros são assassinados na guerra no campo. Diferentemente do que se imagina, raramente as vítimas são militantes do MST. Na maioria dos casos, os mortos são agricultores como Sebastião de Souza. Gente que não costuma invadir propriedades, nunca apareceu de boné vermelho no "Jornal Nacional" e que não quer nada além de um pedaço de terra para plantar e sustentar a família.
Nem sempre os corpos que tombam sem vida são de lavradores. Advogados, sindicalistas e religiosos como Dorothy Stang também são alvo fácil para os fazendeiros, madeireiros e políticos. E eles matam ou mandam matar quem bem entendem porque têm certeza de que não serão punidos. As estatísticas retratam bem essa realidade. Nos últimos 19 anos, quase 1.500 pessoas foram assassinadas em conflitos agrários no Brasil. Apenas 122 casos -cerca de 8%- foram levados a julgamento. Nove mandantes dos crimes foram condenados. Nenhum deles está preso. É esse o ponto da questão. A impunidade é o mais saboroso e nutritivo alimento da guerra no campo.
De nada adianta mandar homens e helicópteros do Exército para o Pará. De nada adianta criar novas reservas ecológicas. Essas iniciativas não surtirão efeito algum nos conflitos agrários. Primeiro, porque as mortes não ocorrem apenas no Pará nos últimos 20 anos, houve registros de mortes em disputas por terra em todos os Estados do país. Segundo, porque os garotos do Exército têm tanta habilidade para enfrentar esse tipo de problema quanto o papa João Paulo 2º para jogar futebol. O que tem de ser feito, isso sim, é uma reforma dura no Judiciário. Juiz não é Deus até que se prove o contrário e os magistrados precisam, sim, ter o trabalho fiscalizado. Enquanto nossa Justiça continuar passando a mão na cabeça dos mandantes desses crimes, sem mandá-los para a cadeia, esses homicídios não terão fim.
Há dois anos, foram julgados em Belém, no Pará, os fazendeiros Adilson Laranjeira e Vantuir Gonçalves, apontados como mandantes do assassinato do agricultor João Canuto, morto no município de Rio Maria, sul do Pará. À época do crime -dezembro de 1985-, Adilson Laranjeira era prefeito de Rio Maria. Os réus foram considerados culpados. A sentença, proferida pelo juiz Roberto Moura, foi de 19 anos e dez meses de prisão para cada um. Mas o juiz concedeu aos condenados o direito de recorrer da sentença em liberdade. E enquanto você lê esse texto, Adilson Laranjeira e Vantuir Gonçalves devem estar bebendo uma cerveja gelada, para aplacar o calor inclemente do sul do Pará. Sim, porque eles ainda moram na região. Quando deve ser realizado o segundo julgamento, ninguém sabe. Nem a Justiça. Pode ser daqui a dez, 15, 20 anos. Pode ser que nunca aconteça. Ou você acha que Laranjeira e Gonçalves vão ficar esperando ser convocados para um segundo julgamento?
A Justiça, na sua imensurável cegueira, acha que sim. Da mesma forma que o presidente Lula acha que enfeitar as ruas de Anapu, município paraense onde a missionária Dorothy Stang foi morta, com seis tiros, com soldados vestidos de verde vai resolver alguma coisa. Não vai. Essa gana em punir os assassinos e o mandante do homicídio da religiosa americana tem ser de vista em todos os casos de homicídios por questões agrárias do Brasil. Na semana passada, outras três pessoas foram mortas na guerra no campo do Pará. São mortes que merecem receber tanta atenção quanto a de Dorothy Stang. A vida da missionária americana vale tanto quanto a de um pobre coitado que não tem onde cair. Morto.

"Você teimou em ser feliz... viu a merda que deu?"

Malvados de hoje tá extremamente bom. Corre lá antes que acabe!

Friday, February 18, 2005

desculpem (ou: me desculpo eu a mim mesma)

ultimamente não tenho escrito nada worth writing (quanto mais worth reading), mas é que eu estou assim, meio sem nada pra dizer (ou: se eu digo eu reclamo). paciência com essa alma vadia.

we want... green pepper!

A quem quiser ser portador dessa história: quando eu era pequena e ia na aula de inglês. Tinha a biblioteca com os livros do "Muzzy, big Muzzy", e um livrinho que vinha com k7. Contava de uns anoezinhos verdes que queriam... green pepper!

Procurei na internet e nem achei... daria tudo pra reler... (que feio contado assim. Prometo que ao vivo seria melhor e a gente ia rir, e você ia lembrar sempre)

Falando em culinária, o meu vizinho chinês é porquinho: as louças sujas que ele deixa na pia aumentam em PA, enquanto a imundície cresce em PG.

Tou cum sodades. Tchau.

Wednesday, February 16, 2005

avulsas

lema 0: o olhar de Davi, e a mão de Davi: sempre

Nos museus, no meio da montanha de obras católicas, a Clau, que é judia, me fazia perguntas num tom naïf, "E a anunciação de quê?", e recebia respostas meio esdrúxulas, do tipo "de que ela está grávida de Deus". (contei isso para a minha mãe e ela nem achou graça) Precisa ter um olho meio de fora prá sacar umas coisas: a Clau também reparou que nos presépios já tinha um monte de cruz, símbolo do que só vem depois, bem depois.

Minha família que eu vou me dar um dia vai ser, tem que ser, igual ao quadro do Michelangelo (a única sagrada que também era família e que fazia diferença, no meio das coisas mesmas, num raio de 2km).
http://clientes.netvisao.pt/famcat/
(desencanem do que está escrito em volta)

Até onde eu entendi, em italiano ouvir é sentir. (ou sentire, ou sintire, sei lá, mas a racine é a mesma de sentir) Em todo caso, olha que coisa jóia: quanto mais você ouve o outro, mais você sente o outro. E a língua que mais se adapta ao meu ideal de comunicação. *sighs*

Meu interlocutor imaginário já viu um enxame de pássaros? Eu já, ontem, saindo da estação: eram um monte, em bandos separadinhos, que dançavam, se juntavam formando pontos mais ou menos pretos, e se separavam direitinho.

slogan de um partido italiano (além dos símbolos etc e tal é no mínimo engraçadp): "uniti (nem sei se é uniti, em resumo é unidos) nell'oliva (também num é oliva, mas faz "unidos na azeitona", ou na oliveira, mas para os propósitos desse blog fica sendo azeitona)".

Sunday, February 13, 2005

Nas margens do rio Tevere sentei e chorei (ou: mala literatura)

Roma e uma cidade que, meio assim, aparece. Da janela do aviao, a basilica aparece das aguas do rio, o estadio emerge da terra ocre. Do chao, a fonte nasce do palacio e a igreja, da entranha do pedro (predio, ato falho) amarelo.

(no meio disso tudo, um segredo que me chega:)(mas continua um segredo)

Thursday, February 10, 2005

mundo de carentes

Esse mundo e um mundo de carentes. O menino que fala demais, a menina que fala demenos, minha familia, quem eu mais amei no mundo, quem nao fala mais comigo porque um dia esteve carente e eu nem liguei, todo mundo incompleto, manco, querendo companhia, querendo atencao, a menina sozinha em Londres e na vida, eu.

E o pior de tudo e que nem moral ha.

(do lab, sem acento, antes da aula de gauge theories, que me inspira)(merda)

Wednesday, February 09, 2005

Beijo roubado ou: em ritmo de Valentine

O amor (doente) de Romeu et Julieta pode ser quantizado as follows:
dr(t)/dt = a*j(t)
dj(t)/dt = -b*r(t),
onde a e b são positivos.

Isso só quer dizer que quando um gosta mais, o outro gosta menos (amor perro!). O negócio é calcular se eles ficam juntos por um tempo finito, e descrever a relationship dos dois.

(Roubado do meu livro *novo* de Sistemas Dinâmicos, LHAMonteiro)

Monday, February 07, 2005

cumcumber

"A clock is placed on a rotating table. As the speed of rotation is increased, the clock flies to pieces. Discuss the angular distribution of the fragments and show how this allows one to calculate the spin and parity of the clock."

do Physics Today

Saturday, February 05, 2005

Clarice & Fernando

Agora entendi: voce e muito Clarice quando escreve, e eu sou Fernando. Eu escrevo miudo, a lente que voce usa distorce tudo. Mas no fim da no mesmo. Raciocinio a desenvolver, nao hoje, um dia.

(do trem, lendo a primeira pagina da hora da estrela.)

Nacho

Pois si: San Valentin en Roma, y con acento espanol.

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versada em Simone e Fernando
professionaly disturbing
you'll love regreting & you'll regret loving
(fora as correcoes gramaticais, que eu estou no hotel)

(de um phone boot. eu queria escanear mas lembrei que o scaner nao funciona sob o jugo do linux)

Friday, February 04, 2005

eu, eu, eu

minha vida não vale um blog.
vale mais.